Dias 16 e 17 de Junho aconteceu o Evento Imagine 5.0, o primeiro evento do Brasil feito para líderes que querem tornar as empresas mais humanas, inclusivas e sustentáveis.
O evento foi um sucesso e o tema Sociedade 5.0 está ganhando espaço na nossa comunidade de conteúdo. Confira o resumo preparado por nós do painel "EU (NÓS)
FAÇO (FAZEMOS) PARTE DA SOLUÇÃO" com os convidados Clóvis de Barros, Roberto
Alvarez e mediação de Tito Estanqueiro.
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Esse painel tem como objetivo levantar questionamentos, tais quais: o papel do ser humano enquanto protagonista da criação de um futuro liderado por um propósito, a contribuição das empresas em rede para alavancar conexões e os valores da Sociedade 5.0 como alicerce.
Para falar do protagonismo dos indivíduos na co-criação do futuro, do papel da liderança empresarial enquanto elemento facilitador do empreendedorismo e da cultura da inovação nas organizações, Roberto dos Reis Alvarez (Diretor executivo da Global Federation of Competitiveness Councils), e Clóvis de Barros (Professor da USP, filósofo e escritor), juntaram-se, sob a moderação de Tito Estanqueiro (Diretor de operações do SEBRAE-MS).
Visando a expansão do olhar do indivíduo, Clóvis abordou os quatro atributos que um ser humano deve possuir para ser protagonista: viver com vontade e ter capacidade deliberativa, saber discriminar o que seria da nossa responsabilidade e o que se poderia chamar de acaso, viver a vida de acordo à própria essência (com “o eu próprio”) e adquirir o hábito da excelência.
Ao abordar a questão da inovação, Clóvis nos explica que “o novo pelo novo não nos assegura nada. Toda inovação deve estar a serviço da vida - de uma vida protagonista, autêntica, excelente e plena. E, sobretudo, que nos permite oferecer, estender a mão, o ombro, e dar àqueles que sofrem, algum conforto.” Para ser protagonista, o ser humano tem que entender o valor do Servir e estar a serviço de.
Então, perguntemo-nos: como as empresas, dentro de uma visão pragmática, contribuem com esse novo movimento para o qual o mundo se direciona? Aqui, Roberto nos proporciona outra boa reflexão, trazendo três fatos importantes:
1. Vivemos um tempo de transformações jamais vivido anteriormente.
2. Todos estamos, de alguma forma, envolvidos e preocupados.
3. Cabe-nos tomar as rédeas da construção do futuro. Não há um só caminho.
Em um momento em que vivemos uma conectividade imprescindível, fazer sentido de toda uma gama de eventos acontecendo simultaneamente cobra-nos a capacidade de processar uma realidade cada vez mais complexa. Quem conseguir fazê-lo, terá um melhor desempenho - explica Roberto.
A velocidade do crescimento, impulsionado pela tecnologia, foi o grande motor das transformações que vemos hoje. Isto impactou não só as vidas humanas, mas também o tempo médio de vida de uma empresa e a perenidade das competências e habilidades necessárias no universo destas. Roberto explica que “as empresas precisam desenvolver competência não só para enfrentar a competição, mas para criar modelos sustentáveis para incluir as pessoas.”
Logo, fica evidenciado que a questão da sustentabilidade aqui também se faz presente. Pois, na medida em que atacamos o meio ambiente, vemos uma degradação consequente das condições planetárias que possibilitam a existência da vida humana e da vida empresarial. Mas então, avancemos e questionemo-nos: como a sociedade pode dividir os frutos desses avanços tecnológicos, dentro de uma visão de oportunidade de negócios, para incluir os que estão à margem?
Para Clóvis, “só teremos uma (nova) sociedade mais justa, quando tivermos pessoas genuinamente preocupadas com o bem comum, e não só com seu exclusivo sucesso.”. Para tanto, é preciso novos modelos educacionais, os quais permitam uma reflexão permanente sobre a vida e a convivência. Concluímos que a partir do momento que o nosso sistema educacional valorizar a vida, dando às vivências a devida importância, teremos uma melhor capacitação para um futuro profissional.
Roberto também enfatizou a importância do conhecimento e da educação, indicando: para melhor dividir os frutos dos avanços tecnológicos, temos que olhar para trás e pensar no futuro. E sim, as oportunidades de construção de novos modelos de negócio se concentram nos problemas ao nosso redor.
Finalmente, como podemos contribuir? Como podemos ser mais solidários com o próximo? Estas “simples” questões nos guiam à conclusão: a convivência social leva a uma inteligência coletiva baseada na ética. A capacidade de ser e estar do ser humano se forma através da sociedade, das necessidades e dos modos de vida. Acima de tudo, é preciso superar o déficit de empatia.
“Têm coisas que só nós, os humanos, damos conta. Se conectar com nossa essência é fundamental.” Roberto Alvarez.
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Texto escrito por Laisa Lopes
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