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Moda e sustentabilidade pode ser um bom negócio.

Recentemente a rede de lojas Renner anunciou que 100% de suas peças jeans já têm algum atributo de sustentabilidade, trata-se de uma coleção feita em parceria com uma designer e tem como foco upcycling - quando há um reaproveitamento de peças em desuso e amostra de tecidos.


Dentre os atributos de sustentabilidade empregados na coleção estão a utilização de um algodão certificado, ou um processo com consumo reduzido de água, ou ainda seja um fio reciclado.


“Trabalhamos de forma colaborativa com diferentes parceiros da cadeia produtiva, buscando técnicas, ferramentas e soluções transformadoras, que nos permitam seguir ampliando o mix de produtos mais sustentáveis e proporcionando opções de consumo consciente", explica Fernanda Feijó, diretora de Estilo da Lojas Renner.


Alguns negócios tem surgido tomando por base o upcycling. No Mato Grosso do Sul, apoiado pelo Living Lab a estilista Dayane Correa está lançando seu próprio negócio baseado na customização e reutilização de peças do vestuário. Embora o tema seja relativamente novo a empreendedora aposta na tendência de mercado para transformar seu pequeno ateliê em uma marca própria de coleções totalmente baseadas em ressignificação de peças.


Mas será que para quem deseja empreender, essa seria uma boa área a ser considerada? Embora o tema sustentabilidade e a utilização consciente dos recursos naturais seja importante, na hora de empreender é preciso pés no chão e estudar o mercado, seu potencial e capacidade de absorção de custos pelos consumidores. Porque uma coisa é o apelo emocional de determinados temas, outra coisa é a disposição do consumidor remunerar adequadamente o empreendedor.


Quando pensamos em processos de produção com menores consumos de recursos como agua, ou a adição de componentes com algum tipo de certificação, é muito comum também que isso signifique custos mais elevados de produção. Obviamente pode haver um ou outro processo que já consiga maior efetividade nessa relação financeira pelo uso de tecnologia ou porque o modo mais sustentável também seja mais eficiente economicamente mas isso ainda é uma exceção.


Essa relação difícil entre sustentabilidade e custos confere um desafio extra ao empreendedor que deseja alçar voos nesse horizonte. Por isso a analisar a capacidade financeira do mercado e o apetite do seu consumidor em potencial para remunerar o seu produto com um ‘plus’ no preço é fundamental para fazer uma analise de viabilidade ne negocio ou de uma nova linha de produto. Caso contrario o empreendedor será lançado em uma seara de concorrência por preço e não por atributos de qualidade. O que definitivamente não é razoável.


O mercado da moda gera muito dinheiro, e isso é um fato, ha ainda muito campo a ser descoberto ou Re Descoberto, e com toda a certeza o tema sustentabilidade está presente hoje e continuará no futuro por longos anos, cabe aos empreendedores desse segmento atrelar os dois conceitos ao mesmo tempo, sustentabilidade e lucratividade.


Fonte


Projetos de Negócios de impacto social e ambiental – Living Lab – 2022

Paper elaborado por Neire Aparecida Colman e Glauber Frederico de Miranda

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